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Um píer que um dia existiu

Um píer que um dia existiu
Helio Valim
nov. 1 - 1 min de leitura
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Um garoto carioca típico dos anos setenta do século XX, frequentador assíduo da praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, cabelo parafinado, sem muita expectativa ou interesse em buscar um trabalho, vivia de bicos! Surfista por opção, naturalista por convicção.

Certo dia se apaixonou, pela menina mais linda da praia, surfista com o corpo dourado pelo sol do verão. Apaixonados, trocaram juras de amor admirando o pôr do sol no Píer de Ipanema.

O Píer, assim conhecido, era uma estrutura metálica montada para a instalação do emissário submarino, que lançaria esgoto urbano a quilômetros mar adentro, que cortava as areias da praia e produzia as melhores ondas, disputadas por grandes surfistas. O local virou point onde artistas psicodélicos se misturavam aos jovens surfistas para conversarem e sonharem.

O romance floresceu, os apaixonados se casaram, tiveram filhos, trabalharam, curtiram, viajaram, viveram... Os anos passaram, o século mudou, os sonhos mudaram. Não existe mais o Píer, as ondas e as areias perderam o seu glamour. O Psicodelismo virou moda que passou. Mas o amor construído a partir de uma paixão praiana continua surfando nas melhores ondas de um píer que um dia existiu.

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