Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
LiteraturaBACK

Um conto e outros poemas de Wagner Pyter

Wagner Pyter
Jun. 25 - 5 min read
000

Um conto de Wagner Pyter

Barco Liberdade à deriva

[um casal em um barco à vela. Um poeta bon vivant e uma sereia poetisa. Eles passaram por tempestades e estão com saudades. Descreve as dificuldades do mundo atual e sugere formas para ver a vida por uma outra perspectiva. De forma mais criativa e contemplando o que é belo. É uma declaração para ser como uma pessoa amativa antes de tudo. Não acreditar nos fins trágicos. O destino não é predefinido, pode-se inventar. ]

Escute querida, deve haver alguma saída. Antes de tudo isso construído pelo homem e que agora estão presos nos mesmos lugares. Eram marinheiros nossos primeiros pais. Vamos nos nossos barcos coloridos nos perguntando se vamos naufragar ou se vamos sobreviver. Seguindo com os tubarões, rompendo com as amarras que prendiam à praia. Entrego-me as aguas sem ressentimento. Nascia amizades em todos os cantos e entre os animais. Até os tubarões também eram amigos. Amor forte é como um barco, se não for é naufrágio. Criei esse mar bravio com um barco à vela, apenas com nós dois, por continuar te querendo tanto assim, criando um sol que vai nos dourando. Te digo para não parar. Te ver com o pensamento de seguir em frente, me dá vontade de não parar também. Na companhia das gaivotas vivendo a cantar, entre o sol e o luar. É urgente destruir as palavras de ódio, solidão e crueldade. Criar a alegria cósmica, multiplicar os beijos, descobrindo as rosas e as manhãs. Ir mapeando as nuvens bem devagar. Navego o mundo em mim e assim vivo. Sou só amor com você, liberdade no a(mar). Tivemos nossas procelas e os ventos aquietaram-se, arrolos de saudade e de ternura. Sinto um acalanto, de êxtase e de encanto. Sereia que em seus cantos escondidos nos sonhos, uma onda mansa que geme. Chamando-os de silêncios que rabiscastes. Sereias são divindades funerárias que preveem o futuro mas aprendi que futuro mesmo é o que eu invento.

 

2018 e alguns poucos poemas de alguem que estava calado e calmo

 

O mar é meu único mestre. Que leva as poesias que escrevi na areia.

É um triste cemitério como diz o poeta Augusto. Levo as flores nas pedras como lapides.

Desassossegos dentro de nós. Caído do céu em eterno movimento.

Mergulho na mulher um vasto mundo em seus olhos-mar. 

Em salvador, rio vermelho

 

-

 

Quero o instante

Sentir o ardor do sol

Discretamente silenciando

Cometer erros, relaxar, ser um tolo

Caminho iluminado

Saborear o fruto as escondidas

 

Luz aquecendo, sangue borbulhando

Vejo o gênio da raça

Dizendo: "não desista!"

De ser quem é. Persista

Insista na invenção verbal

Orfeu inquieto

Caminhada extensa pra te tocar

Declamando os poemas

Fingindo dor

 

Suspiro por ti

A fumaça do amor, chama

Passatempo

Vejo você passar

Lembrança do seu beijo

Consegue notar o que sinto?

Calmo e tranquilo

Tu mar bravio

Vou com meu barco

 

Calado... Falo outra língua.. Saindo sem olhar pra trás.. Quero vida nova... Lembrar a alegria do sol ou da chuva... Do amor nas pequenas coisas... Jardins de flores ... Sentindo aromas inquietantes... Atiçando lugares jamais tocados...

 

-


 

Nos mares bravios

 

O barco ia pelo vento que não se via

Como um homem feliz navegando

Ajustando as velas para chegar onde se quer

Indo bem devagar com o mapa das nuvens

As coisas se arranjam, não é preciso ir com força

Não se pode singrar sem as paixões

Nem ser feito para se sentir seguro parado no porto

Intenso, é preciso que as coisas aconteçam, ir para algum canto

Vivendo para conquistar o mundo

Sem medo das tempestades, não muda o curso da viagem

Subindo e descendo com o balanço das ondas

Sozinho, um dia encontra a praia ou outro barco

E a âncora é sua raiz seu porto onde repousa

 

Escreve na internet em bate-papos desde os 17 anos. Sempre gostou mais de conversar e escrever junto com alguém do que publicar livros, criando uma escrita interativa. Gostava de ler quando jovem Machado de Assis e Castro Alves. Admirador de Ana Cristina Cesar por quem é apaixonado. Damário da Cruz é sua maior referência de como a poesia pode gerar algo, que construiu a casa do Pouso da Palavra na cidade de Cachoeira. Entrou na Ufba em 2012 e cursou Bacharelado Interdisciplinar em artes e tecnologia no Ihac.

Publicado em:

https://entrepoetasepoesias.com.br/2019/12/19/barco-liberdade-a-deriva/

https://sanduichesderealidade89.wordpress.com/2020/02/04/1-conto-de-wagner-pyter/



 

Join the group Literatura and receive new content every week.


Report publication
    000

    Recomended for you