Segrega-se, humilha-se... mata-se!
A odiosidade impele a humanidade,
joga-a, sem qualquer dúvida,
no fim da fila das iniquidades.
Não é um pensamento individual.
É uma mácula estrutural,
manchando o cerne da sociedade,
rompendo o frágil tecido social.
Sangrando, imolando... sufocando
a voz da comunidade.
Que, oprimida, revolta-se e grita,
Rebela-se e briga.
Mas, não basta o clamor legítimo das “ruas”,
não basta o calor intenso das chamas.
Deve-se atingir o âmago das almas,
corroídas pelo ódio do preconceito...
Resgatando, então, a humanidade perdida
na fila do descaso e da arbitrariedade,
germes dessa eloquente barbárie.
Agora rechaçada pela “rua” ensandecida!