É perceptível que a vida está em constante movimento! O químico francês Lavoisier já dizia que na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Ciclo é uma palavra originária de um termo grego que significa uma série de fenômenos cíclicos, ou seja, que se renovam de forma constante. Desse modo não poderíamos pensar que o ciclo da vida fosse apenas formado de um início, um meio e um fim, a menos que imaginássemos o final como uma renovação constante, transformação, um ponto de partida para um recomeço. Claro que é necessário muita coragem para encarar as desconhecidas e misteriosas fases da vida. Alguns recomeços são mais tranquilos, outros mais turbulentos.
Nada é tão fácil e a vida não vem com manual de instruções. Aprendemos à medida que vivemos cada instante, mas podemos e devemos parar às vezes, para respirar e reavaliar os nossos caminhos, refazendo metas, revendo objetivos, nos recriando... Assim já cantava o eterno Raul Seixas: “Tente! Levante sua mão sedenta e recomece a andar. Não pense que a cabeça aguenta se você parar”.
O Rubem Alves, psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro nos traz que “Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.” Os erros e acertos, perdas e ganhos, altos e baixos que a vida vai nos oferecendo devem servir sempre para sermos cada vez melhores. Mesmo com todas as incertezas da vida, uma coisa é certa, podemos aprender sempre. Quantos ciclos são necessários para reconhecermos o valor de um abraço?! Vamos sentir mais! Experimentar e espalhar mais amor pelo mundo! Precisamos valorizar o que realmente importa! Vale pensar sobre isso, mergulhando um pouco também na poesia do Bráulio Bessa:
“(...) É preciso de um final pra poder recomeçar.
Como é preciso cair pra poder se levantar.
Nem sempre engatar a ré significa voltar.
Remarque aquele encontro. Reconquiste um amor.
Reúna quem lhe quer bem. Reconforte um sofredor.
Reanime quem tá triste e reaprenda na dor.
Recomece! Se refaça! Relembre o que foi bom.
Reconstrua cada sonho. Redescubra algum dom.
Reaprenda quando errar. Rebole quando dançar.
E se um dia lá na frente, a vida der uma ré,
Recupere a sua fé, e recomece novamente.”
(Texto de Luiza Moura de Souza Azevedo. Instagram: @luiza.moura.ef
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