A linha é um lugar de produção...
Na fábrica, é lá onde as coisas acontecem.
Tem o tempo do trabalho,
tem trabalho todo o tempo.
Mas não tem o momento do operário...
Tem o espaço para a oficina
que abriga o senso da disciplina.
Tudo roda no ritmo da rotina.
Mas para não adoecer
tem que ter o espaço do lazer.
Tem máquina ditando o tempo a se obedecer.
Tem operário gritando por espaço
para libertar a cadência desse padecer.
Tem no ritmo marcado um novo compasso
para não enlouquecer.
O Samurai moderno acata a reivindicação,
cedendo espaço para o descanso,
deixando o operário distenso.
Enquanto canta no ritmo da produção
esquece o tamanho da exploração.
Confirmando a alienação,
ao reforçar o velho chavão:
“Para o povo pão e circo”.
Fazendo o ganancioso mais rico,
com o peão empurrando a produção...