Eu tenho essas páginas e cartas rasgadas,
desabadas no chão de quando éramos mais
jovens. E meu coração ficou pesado.
Jamais quero amá-la novamente.
Agora somos livres, agora somos distantes.
Nada vai poder mudar isso, nem o tempo que
debocha dos sentimentos, nem os pensamentos
que a boca não ousa deixar escapar.
Sua alma é preta e branca, e dançamos nas sombras
da noite, no pico de um vale silencioso e solitário.
E percebemos que não ficamos livres, mas morremos.
Sua carne, ossos, pele, a memória de cada dia cinza de pecado,
tudo faz parte de mim agora, até o coração despedaçado que
[me mata todos os dias.
Renasço insanamente a cada memória solta no chão, a cada
[carta de amor na estrada.