Nas páginas da história
Há de ficar registrado
Horrores da pandemia
Que faz o mundo arrasado
Diante do sofrimento
De um povo desanimado.
Invisível e sorrateiro,
Um vírus, grande inimigo,
Ataca sem escolher,
Qualquer um, meu amigo!
Pobre, rico, branco, preto...
Peço por Deus, ora comigo!
Confinado em quarentena
Da janela vou assistir
Raios do sol que beija o verde
E sintetiza o existir
No silêncio de uma manhã
No prenúncio do porvir.
Verdade que o ser humano
Não é flor que se cheira
Ao cultivar preconceitos,
Maldades, tanta besteira...
Más, esse castigo é demais,
Dói muito dessa maneira.
O tempo vai cicatrizar
Feridas abertas na alma
De cada um, sem distinção,
Basta que tenha fé, calma...
Ouvir o canto do vento
Que brinca e balança a palma.
Agora de que adianta
Luxo, orgulho e riqueza,
Quando somos semelhantes
Na alegria e na tristeza,
Mesmo sendo desiguais
Os Peões e a Nobreza.