Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
LiteraturaBACK

Desolado em lá menor. (O que sobra no final do resto quando não há mais nada pra sobrar?)

Desolado em lá menor. (O que sobra no final do resto quando não há mais nada pra sobrar?)
Hudson Henrique.
Jul. 24 - 1 min read
000

Ainda nem tive tempo de te contar em todos os dedos.
um,
dois,
três quantos?
Anos, meses,
ou talvez anos.

Datais dos quais
me senti retraído e submerso em praga.
Meu rancor submergiu em tentação aos que eram próximos.
Tentei me afastar com esforço; deixar aqueles, poucos, que se importavam.

Quis me perder em tua perdição
mas tive que me contentar com a velha e conhecida solidão.
Pratiquei atos desoláveis, 
recolhi as roupas dos varal antes de me molhar.

Se você me notar, me avise.
Pra mim não me acabar,
pra mim não me afogar em ser o mesmo.

Em quais copos boiam os espaços em branco nas pausas da pauta?
Se desfibrilando em compasso da sua cintura fazendo sombra no escuro.
Dançando, dançando como um peito amargurado procurando você de volta.

O que sobra no fim das trilhas sonoras,
o que sobra no levantamento dos créditos finais.
E o que me engasga entre as palavras pra não te falar que nunca é demais.
O silêncio na sala grita tão alto,
a pradaria no alto da janela ecoa mais que meus berros.
E o dia acaba sem sentido algum,
mais uma vez.

E o que resta no final da gente quando não sobra mais nada?


Join the group Literatura and receive new content every week.


Report publication
    000

    Recomended for you