Grita o lúdico numa via sem saída
Dizendo não ter tido sorte na vida
Por não ter conhecido de fato o amor
E jamais, ter sentido o aroma da flor
Palavras que se espalharam ao vento
Berros infinitos ecoavam de sua voz
Como o fruto que foi secado pelo alfas
Igualmente, sem valor para o tempo
Bem se vê que ele não te conheceu
Talvez então, soubesse que blasfemava
Se pudesse ter sentido o perfume teu
Por certo, contestaria aquilo que falava
Pobre homem infeliz, carente e amargurado
Achava que de algo serviria o seu brado
Que alguém atentaria para a sua desilusão
De nunca ter conquistado um outro coração!
MÁRCIO PAZ MARTINS