Prazer, Prisioneiro!
Aflito,
De alma cativa,
Pensamento irrestrito e perturbador.
És apenas um simples mortal
Vitima de tudo o que o cerca,
Acusado de coisas incertas:
Talvez por amar demais?
Talvez por sonhar demais?
Talvez por lutar pela justiça e pela verdade...
Desde sempre, está condenado ao exílio do mundo externo.
Condenado ao inferno.
Metido no centro da catastrofe,
Busca solução dos céus.
Situação precária a sua,
Não mais viu o brilho da lua, ou sentiu o calor do sol.
Vives como uma minhoca no anzol: no fundo do mar.
Você grita, ninguém ouve
Você vê, mas ninguém sabe
Você está, e ninguém percebe
Estás aflito, preso na escuridão,
Procurando sentir a catarse pelo menos uma vez.
És inocente, vitima da sociedade.
O condenaram pela sua raça, sua cor, seu vocabulário e suas vestes.
Não podes reclamar, meu pobre cativo, quando lhe olharem torto na rua
E, se lhe olharem, óh céus
Sua carne ficará fria
Teu rosto erubrescerá e você sucumbirá e irá perder o que corre nas suas veias.
Pois bem, minha vítima, você nada mais é que um cordeiro rodeado por leões.
Corra enquanto pode meu caro, não dobre a esquina correndo e, talvez, sobreviverá mais hoje.