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ÁRVORE

ÁRVORE
Givaldo Ferreira Couto
Jan. 28 - 1 min read
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Inúmeras vezes deste-me abrigo,

Eu te agradeci  com a voz do silêncio,

Muitas vezes desabafei contigo

Os problemas que me deixavam tenso.

Recordo-me dos belos momentos

Que em teu tronco apoiado

Fluíam meus pensamentos

Em busca do passado.

Água, lágrimas, suor...

Regaram tuas raízes,

Em tua sombra  nasceu amor,

Houve instantes felizes.

O sol, a chuva, insetos, ventos...

Castigaram-te muito cedo,

Destes frutos como alimento

E sombra como aconchego.

Hoje voltei para fazer-te uma visita,

Entretanto, encontro-te no chão,

Inerte, sem vida, morta, esquisita...

No meio da solidão.

Um inescrupuloso roubou a tua vida,

Com ironia, a golpes de machado,

Agora, os pássaros sem guarida,

Mudar-se-ão para outros prados.

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