AMOR DE REALEZA...

Eu olho para essa paisagem da curva do Rio Mucuri, buscando de alguma forma, voltar no tempo que um dia, ainda criança, fui feliz ali, naquela tenra infância da Rua Um em meio a pobreza, na casinha e coração da vovó Jorgita,  sempre cabia mais de um. O meu coração se agita ao lembrar da minha vó com sua sabedoria plena da vida, e ainda assim, se regozija mesmo diante do luto; pois, aquela lavadeira com seu lenço carregando sua bacia de roupa na cabeça, tinha uma dignidade, um ar de nobreza, que faria inveja a qualquer herdeiro de trono da realeza, por mais rico e douto que seja. Eu olho para o tempo que passou⏳⏰👧👩👩🏼‍💼, e me pergunto: Aonde o meu amor ficou❤️? Eu me perdi; busco encontrá-lo e me desaponto, pois, no fundo, eu compreendi: Ninguém perde um amor que nunca o teve pra si. E ao olhar para a curva do  Rio Mucuri, e lembrar da minha vovó Jorgita agora aos 40 anos, eu enfim,  compreendi:  Ninguém perde um AMOR que foi tão puro e verdadeiro. Pois, como as águas de um rio que jamais voltam, assim é o tempo pros que se despedem dos seus entes queridos nessa vida: Pode passar o tempo que passar, nada, nem a dor, a saudade, a luxúria, orgulho, vaidade e/ou a  morte pode apagar, tudo pode passar, mas o AMOR sempre FICA;  NINGUÉM PERDE  UM GRANDE  AMOR QUE TEVE ALÉM DA VIDA.☹️😞💔(Glicéria CLETER-23/06/2021). Ps: In memoriam a minha Vovó Jorgita que partiu em 01/2015 (Eu me/te perdi; mas nos reencontremos além dessa vida; A senhora foi/é/será o #AMOR mais puro e verdadeiro da minha vida. O AMOR que te dei e recebi  é o que me fortalece e FICA), e em solidariedade às famílias das  vítimas do #covid19.