Esse sol da manhã que torra esse peito
No leito das águas turvas desta noite vã
Há que ser leve
Mesmo que a empunhadura desta espada rasgue o coração pueril
Ver essas névoas que turvam
É estar no passado pulverizado
Oh medo do nascer da luz!
Oh candura destes olhos !
Não mais se vê
Apenas o sonho permanece
Sonho leve , como o da cama outra
Sonho de boca
De corpos nus
Do cavalgar entre os hachis
Saudades da aurora
E mesmo perto do ocaso, ir
Em uma manhã insólita
De um sol que não nasceu
Morrer entre a cor e o esquecimento.
Alfredo de Morais Neto
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