SER LÍRICA
No seu versejar, mimetiza flores
Emana calores e plácidos odores
Delicadeza imperturbável, natural
Infusão de amor na pele, sem igual
Não desponta lua adversa ao seu lume
Sua escrita é resistente às areias finas
Ameno balouçar de emoções fugidias
Vertida vertigem de ondas marítimas
Sol e sombra não se esquecem
Onde o amor perdura na poesia
Sereias na costa se empalidecem
Diante de sua majestosa simetria
Encanto que não se esconde no canto
Rosa que não deixa de ser poderosa
A ventania agitadiça que se silencia
O silêncio das vias urbanas que grita
Se isto ou aquilo, não faz diferença
Eterna e é terna a vida na presença
Até o mar absoluto transige, distende, recua
Mesmo o Poseidon se intimida e retrocede
Na grafia divinal, tão intensa e tão plúrima
Desta ser lírica chamada Cecília Meireles
Clipe poético em parceria com a multiartista venezuelana Damelis Castillo:
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