ADMIRÁVEL TIA LALI
ALDAIR PEREIRA DE OLIVEIRA SANTOS
Tal uma mãe, mas sem ter parido,
De colo aconchegante
Figura pequenina
Mulher vivida
Ninguém sabe se é sofrida!
-“ Demonstrar sofrimento pra quê?
“Se a alegria vem das tripas”- diz ela assim.
Olhos azuis, corpo franzino,
Mulher inquieta e laboriosa
Faz questão de ser “farturenta”
Tudo que tem, sabe repartir.
Aos setenta anos de vida
De naturalidade paraibana
Ela se orgulha de ser.
Virado para o sol
Fica o seu casarão
Com portas de duas bandas,
Muitas janelas e uma varanda
Ali, acolhe as visitas
Especialmente as bordadeiras
Suas amigas faceiras
Que juntas com a tia Lali
Fazem a alegria da casa.
Do seu velho forno de lenha
Saem suas deliciosas petas
Que jamais faltam à mesa
Aos afilhados, sobrinhos e irmãos.
Se amigos ou conterrâneos aparecem
As petas da tia Lali
Prontamente lhes apetecem.
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