Olhando fixamente o lago curto e transparente, envolto da mata que vibra eufórica o verde azul entrelaçados entre os galhos, nas folhas e no céu a transparecer. Está aquela que corria (Do que corria?) até se deparar, se ajoelhar na areia úmida entre a grama e o seu reflexo.
Olhos castanhos rabiscados, debruçados nas profundezas dos pensamentos abstratos inconscientes e bagunçados, liquidificados e armazenados nas Bolhas de Zumbidos Cíclicos. Conduzidas rusticamente à sombra mecânica da Bailarina Brinquedo Roxa. Dada a responsabilidade das cordas aos Gatilhos. Gatos acrobatas de pelos macios e foscos, com olhos arregalados e bigodes levemente curvados a uma direção qualquer. Não há tempo ou espaço. Apenas há. Gatos Gatilhos a puxar as cordas de aço, comprimindo as Bolhas, levando para onde pulsam e delas se alimentam os Instintos Répteis, os Mutantes, os Sensores Exaltadamente Desenvolvidos, os Primitivos. Enjaulados. Proibidos à margem da sanidade...
Alí pausada estava.
No que pensava?
“Em nada...”
Play! Retornava. O ciclo se fechava, ciente dos peixes, o lodo, o belo lago de águas rasas.
@adriele_a_poetisa
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