Eu lembro...
que antes da pandemia,
sentado no banco do passageiro
eu seguia
com o meu viajante coração.
Mesmo sofrendo com as
tristezas dessa vida
meu coração
bebia da fé e da esperança
de sempre viver novos dias
a cada novo destino.
Só o meu coração sabe
a saudade que dá ,
de ir pra qualquer lugar
onde a alma pudesse
se contagiar de alegria
pra somar o que é bom,
multiplicar risos,
subtrair a solidão
e libertar uma segunda vida
que só é vivida
em outros mundos
escondidos nas culturas
onde eu podia mergulhar.
Meu coração
sabe que ao viajar
eu encontrava
um segundo olhar
que ajudava
a me reinventar.
Esse meu viajante coração
me faz lembrar
que no fim de cada viagem
sempre trazia
no bolso da saudade
mais vontade
de viver e sonhar.