Vejo o grito se perder no vento
e os sonhos morrerem com o tempo.
Ouço a voz, outrora suplicante,
esquecida no vazio do instante.
Vejo a face contemplando o céu
quando a aurora surge rompendo o véu.
Ouço melodias carregadas de ternura
transformando o homem numa alma pura.
Vejo a dor se esvaindo aos poucos
no sábio silêncio dos loucos.
Vejo o amor suplantar o rancor
no pouso de um pássaro numa flor.
Vejo a vida,
Vejo a razão,
Vejo a luz do seu perdão.