O ideal seria um livre mercado existencial, universalmente globalizado,
prum equilíbrio na gangorra material/espiritual, ego/Eu,
a fim de que se deixe um razoável peso pro egoísmo,
porque é preciso pensar em nós, porém, sem tanto protecionismo,
mas também permitir que uma força pende pro altruísmo,
já que vivemos em meio a semelhantes com suas personas, num tipo de feira,
e como todo mercado, vale a lei da oferta e a demanda.
Quando a gente quer conviver com alguém,
devemos conferir antes se podemos ou queremos pagar por isso,
ou seja, se estamos dispostos a aceitar tudo que vem junto,
inclusive a origem, a embalagem e o passado,
pra ver se vale o quanto pesa e se o custo-benefício é favorável.
Mas em qualquer transação ou permuta nesse sentido,
o ego sempre pesa mais e tende a interferir no fiel da balança,
então, pra que não haja monopólio do ego,
é mister que se faça uma adaptação na oferta e na demanda,
ceder uns gramas além do que já suportamos em favor do outro,
pra aferir essa balança numa justiça mais favorável à convivência,
dentro dessa inconveniente, mas inevitável interdependência humana.
Pois que, cedendo nalgumas vezes nas vontades, nos desejos e nos excessos,
além de nos alinhar com o nosso Eu superior, estaremos no rumo da evolução,
dando valores reais a nós mesmos e aos semelhantes,
que do contrário não há “negócio”,
já que sem a caridade não há salvação.
Jesse Marlon
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