Cidade nua...
Cidade crua...
Muralha de pedra, tijolo, concreto,
rua, casa, edifício...
Vida difícil!
Poluição,
população,
urbanização?!
Tudo, todos se confundem,
num mar de fuligem e ferrugem!
Enfim, chega ao fim.
Desce a noite,
a cidade dorme,
sonha, pensa no amanhã...
Pobre cidade nua...
Pobre cidade crua...
A voracidade da especulação imobiliária, descaracterizando as cidades, deixando-as nuas, expostas, mutiladas sob uma “pseudo urbanização” define o crescimento desordenado, sem o acompanhamento da infraestrutura urbana, o que estrangula as vias e entrava a vida de seus habitantes. Essas cidades só parecem descansar na madrugada. Nesse momento as obras pausam, mas, ávidas por recomeçarem na nova manhã, apressadas em construir essa muralha de edificações, chamada de cidade.