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Um e Uma

Um e Uma
João Victor Vieira
jun. 28 - 1 min de leitura
0360

Nos tempos caóticos de um outrora,
se cruzaram uma vez, Um e Uma.
Um a tocou, suave como pluma;
Uma sorriu, radiante como aurora.

Para ambos, era novo, embora
Um soubesse na alma que em suma,
Uma já o conhecera de alguma
hora no passado que se fora.

Em Um, pois bem, o amor aflora,
ao ver que Uma de amor se apruma;
toda certeza se torna nenhuma,
toda razão foi jogada fora.

Entretanto…
Um e Uma, que queriam-se tanto,
não podiam ter-se por outros laços,
e esconderam o desejo em abraços
que nunca espantaram seu pranto.

Que nunca perderam o encanto,
mas nunca tornaram-se beijos,
entre toques, olhares e gracejos,
que sempre os causaram espanto.

Num dia, Um parte em lampejo,
para longe de Uma e seus braços.
Uma chora com o coração em pedaços,
e Um se vê frágil, tal como animalejo.

A despedida findou, as lágrimas secaram,
o amargor lhes surgiu desfocado,
o vazio lhes permaneceu intocado,
até esquecerem-se que se amaram.

Mas o vento soprou as areias de ouro,
os outros laços se romperam por fim,
Um e Uma se encontraram e assim,
tudo ocorreu tal qual estouro.

Nos tempos caóticos de outrora,
se cruzaram outra vez, Um e Uma
Um a beijou, suave como pluma
Uma o beijou, radiante como aurora.


#Poesia #Concurso #Eternizarte


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