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=TRONCOS E CINZAS=

António Andrade
Jul. 5 - 1 min read
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Prenderam minha'lma nas nuvens
Dor é o que de mim sobrou
Castigaram-me por actos impunes
Com o passar do tempo...
Meu corpo serviu de estrume;

Que jogaram a um campo
Para fortificar a semente
Que se fará tronco...
Para depois cinzar;

O templo em que meu corpo serviu
Foram os abutres que o devoraram
Ao confessarem seus pecados...
Fui comido bocado a bocado;

Não é certo me terem sepultado
Com o pó do tronco que me foi formado
Andorinhas fizeram festas...
Depois da chuva saudar o sol;

Raio algum pararia o que me dado foi
Com imprudência de santos demônios
Foi chuva que levou gente...
Cicatrizando feridas insaráveis;

Meu eu não sabia o que soube
Fazer aquando morria de leve
Lágrimas... Foi dor que me teve
Castigo que em mim nunca coube;

  António Andrade
Pensólogo O Poeta "Lobão"


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