Não consigo interpretar tais inverdades
O coração preenchido de insinceridade
A hipocrisia me enoja
A descrença me desola.
Sinto vontade de regurgitar tantas palavras
E engulo tudo em um rompante de cólera
Recolho minhas lágrimas.
Mágoa? Pura idiotice!
“O mundo é assim.” Todos me dizem.
Minha alma apodrece de tantos enganos
Frases e sentenças jogados ao vento
Como se não valessem de nada.
Me recuso a entender essas frivolidades
E de que vale sua voz sem valor
Suas promessas sem teor
Menos do que a insignificância,
Elas machucam a longo prazo e assim perduram.
Pois entre esperanças infundadas
E o puro fingimento entre falácias
Não existe sequer alguma distância.