O "sinhô"me da licença
pois lhe digo com tristeza
de águas claras e beleza
o homem sem clemência
destruiu sua natureza
trouxe pontes, senhorio
fumaça e sociedade
deixando pra quem viu
ao lembrar daquele Rio
só lamentos e saudades
quem passa não imagina
hoje sujo com mau odores
sim,aquele Rio um dia
já foi fonte de alegria
e renda de pescadores
pra construir a tal empresa
evacuaram nosso barraco
hoje à beira da represa
sobrevivo com nobreza
bato massa e ergo saco
o "dono" que manda aqui
do Rio nunca desfrutou
Eu que no Rio cresci
tenho que fazer sorrir
quem no Rio jamais pescou
lhe pergunto encafifado
que seja eu mal informado
será preciso minha gente
o homem pra ser decente
destruir meu Rio Amado?
não se compra mar nem céu
quem trabalha não ordena
assinando um só papel
derramando seu tonel
deram fim na'água amena
utilizou o Rio inocente
depósito de seu restolho
o doutor inconsequente
fez verter outra nascente
Não do Rio,sim de meu olho
vou cumprir a minha sina
vou tentar me aposentar
quem sabe no fim da vida
eu consiga uma casinha
e um riozinho pra pescar
Escrito por :Fe Gallacci
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Seu moço,eu esse Rio
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