Se soubesses...
Amo-te, incomparavelmente;
Não quanto uma mãe;
Mas, certamente, tão contente;
Nem mesmo quanto um pai;
Muito mais hoje que antes;
Amo-te, incontrolavelmente,
Como o mais infiel dos amantes.
Meu amor por ti é dedicado;
É meigo, doce, terno, delicado...
Não temo amar-te; não temo a morte;
Tanto te amo! Quanto mais, eu tenho sorte!
Meu amor tem liberdade:
não te compromete, mas te assume;
de tão intenso; não te controla,
mas, no entanto, mata-me de ciúmes.
Meu amor, por ti é livre,
Por ser quimera;
Tão evidente, posto que vive;
É tão oculto, que me revela,
O quanto sofro por ser feliz;
Mas não te digo, pois tenho medo,
Se revelar-te o meu segredo
Posso perder-te. Uma loucura!
Vivo sem ti, mas te possuo,
Assim, a vida é uma doçura;
Já que duvido que ao teu lado
Seria assim apaixonado!
Leite, Aluizio.
Poesias.
2020, 08 de setembro de
Brasil. Porto Velho-RO,