O que fazer quando o amor
que era tão correto e interminável,
morre como a flor que murcha e cai,
e é levada pelo vento?
O que restou fica no pensamento
que zomba do algoz, o ligeiro tempo,
que tudo muda restando apenas
o amargo desalento.
Quem mais errou? Fui eu ou foi você?
Quem mais sonhou, apenas não lutou
Ou se deixou esquecer,
de que viu no outro a razão de não esmorecer?
De que viu no outro a razão do seu bem viver?
Hoje vagueio nos braços da saudade
atrás do amor e de um sorriso fácil.
A solidão é só dos poetas,
eu já não a quero mais.
Tudo importa, ou nada mais importa
quando se tem o bem querer de volta,
num novo olhar que cala as mágoas
e te faz seguir em paz.
Um poema que virou canção.