PROFESSORA MUSA (Glicéria Martins Cleter- autora).
A sua beleza era algo natural.
Nunca a vi usar um blush, pó ou outra maquiagem artificial.
A sua maquiagem eram flores presas nos seus cabelos cacheados.
A sua beleza era tão estonteante
que reluzia nos olhos de todos os estudantes,
e por consequência disso,
se tornou a musa do carnaval.
Ela não precisava de roupas longas, calças ou blusas fechadas para impor respeito e admiração.
Os seus alunos a respeitavam e a admiravam pela sua competência e postura profissional.
Com mini saia, ela saía da escola para entrar na sua baratinha que, o seu esposo João dirigia;
quem a olhasse já logo via: a professora Ivanete tinha mesmo o porte de rainha.
_Não me chamem de tia! Dizia_ Pois, não sou irmã de seu pai, nem da sua mãe; sou apenas a sua professora.
Esse orgulho que tinha pela sua profissão, essa sua postura, vocação e dedicação que, despertou naquela sua pequena aluna a maior admiração.
Ela (sua aprendiz) a imitava no jeito de andar.
Ela a defendia, quando os seus colegas “não tão estudiosos” começavam a sua mestre criticar;
pois, para aquela menina tão pequenina na turma da 4ª. Série, a Ivanetinha (como a chamava com carinho; isso a menina espertinha achava que podia, modéstia à parte, achava até que a sua prof. gostava) foi eleita a sua PROFESSORA MUSA. E que musa!
E não importava o que as outras crianças falassem, nem o bullying (castigo do silêncio) por conta da novela Carrossel.
O que a aluna mais gostava era de ver a sua mestre desfilar a sua beleza, de estudar com aquela que pra ela, era a professora mais bonita e inteligente da Escola Estadual Dr. Manoel.
A Aluna cresceu, o tempo passou, e com o esposo da prof. musa estudou inglês e por fim, de professores a amigos, o seu esposo grande John (João vovô) a apadrinhou na sua colação de grau.
Mas nada, nem o tempo e/ou a distância, conseguem apagar a gratidão pelos mestres;
pois têm coisas na vida que não se compram: caráter e respeito pelos professores/reis.
Que não bastassem construírem o seu próprio castelo, os seus professores se tornaram reis sim, por direito e respeito; eleitos pelos estudantes e amigos que os coroaram como um casal “símbolo da educação, da postura e ética profissional” .
_Eu não imagino como seria a história da minha vida sem esse casal real; não !
Meus padrinhos e amigos que Carlos Chagas/MG os coroaram: Ao meus eternos reis só posso deixar a minha eterna gratidão...aff!
Mas que fiquem logo sabendo, deixo claro aqui: _ A minha professora musa eu defendo/defenderei sempre; palavra de Doutora: Ninguém a destrona não! Ivanetinha será pra sempre a minha eterna professora musa do Manelão!
Ps: Poesia em homenagem a minha professora Ivanete Gonçalves Euzébio, seu esposo my teacher João Gomes Euzébio e a todos os professores do Brasil que dedicaram/dedicam as suas vidas a ensinar com ética e amor a essa profissão nobre e tão desvalorizada nos dias atuais. E deixo a minha solidariedade à família dessa vítima e o meu RESPEITO e especial honraria in memoriam a “professora heroína”: Helley de Abreu Batista que morreu queimada ao sacrificar sua vida para salvar as crianças numa tragédia ocorrida em Janaúba (Norte de MG) que chocou o Brasil inteiro. Por mais Ivanetinhas e Helleys nesse nosso país (Brasil) que acreditam e trabalharam em prol da #educação (Homenagem do DIA DOS PROFESSORES- 15/10/2021. Eu Glicéria Cleter sempre valorizei e respeitei todos os meus professores; e como eu sou grata).