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Pandemência

Pandemência
Nívea Braga
jul. 6 - 1 min de leitura
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Parece que o mundo anda estranho

Compramos remédios sem estarmos doentes

Ficamos doentes por medo da doença

Morremos exaustos por falta de remédio.

 

Mendigamos amor de porta em porta

Enxergamos valor em palavra torta

Aliviamos a dor com anestesias de caos.

 

Entorpecidos e ofegantes

Cabeceamos com força a ilusão

Destilamos veneno em tudo

Que seja fruto de separação.

 

Queremos alívio e alento

Queremos vacina e alimento

Queremos trégua na provação.

 

Mais uma vez estamos mortos.

Senão por fora, por dentro.

Vagamos nos dias inertes

Nas armadilhas do tempo

 

De repente, um susto voraz

Olhamos de cima e em paz

O todo, o tudo e o medo.

 

Haverá movimento e calma

Há perfeito fluxo na alma

De quem conhece o segredo.

 

“Refugiem-se na arte”

Clama a divina parte

Que não desiste de lutar.

 

Quebrem-se os potes de barro

Nasça o brilho no ato

De quem se arrisca a criar.

 

A luz ninguém controla

Quando chega é a hora

De nos tornarmos sempre Um.

 

Vivamos de verso em verso

Seguros pois algo é certo

Um dia há de passar.

 

Cuidemos da pandemência

Pois resta em nós a crença

De que precisamos da escravidão.

 

Somos livres quando doamos

Tempo, afeto e pão

Somos lúcidos quando expandimos

O que vem do coração.

 

Somos um sempre em compasso

E com profunda devoção

Receba meu doce abraço

Pra continuar a missão.

 

 


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