Outra Metáfora
Luciano Nascimento
Ainda vivo de ontem e de amanhã
Aprisionado em um tempo atemporal
Com ideias na cabeça e poeira nas mãos
Como borboletas revoando o Caos (ou um corpo)
Num livro sem palavras
Ouve-se a linguagem do silêncio
Na fórmula da fortuna há o cálculo do infinito
E existe um mapa do acaso nas espirais da história
Vagando o escravo das letras
Entressonha um mundo de caleidoscópio
Desenhando um universo com equações de labirinto
A maior dádiva e o pior pecado são a memória
O movimento da mente
O suor da alma
O sorriso da sombra
O esvanecer do corpo
O pouco de tudo
De tudo um pouco
Quando a última luz houver cessado
Ainda haverá reminiscências do futuro
Presságios do passado
Um sonho do presente
#Poesia
#Concurso
#Eternizarte