Contrariando o titulo e o movimento das coisas, sigo, para além da carne que sou, explanando a vaidade. Sendo então aquele que mente e levanta a caneta, ou neste caso, digita; mas, o que não se saboreia no contorno das palavras, pois tem em horizonte a meta ultima do comunicar. Assim, desistindo mas me expondo, penso que o ponto final da linha deve, por lei, exterminar o que o antecedeu. Mesmo para os que admitem que a escrita visa a unicidade, a vaidade, a mentira e a contradição. Sabemos que nossos momentos cruciais são calados, de olhos fechados. Mas de qualquer forma, escreveremos e falaremos, pois assim poderemos ser, ao menos em nossas cabeças, o que jamais seremos; acreditaremos atrasar o irrevogavel e amansar o inabalavel... e isto não se julga.
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Óde ao silêncio
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