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Ode ao Amor

Pedro Diniz de Araujo Franco
Jun. 26 - 2 min read
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Ode ao amor 

                                 Pedro Franco.

Minhas gerações futuras,

acreditem, é preciso acreditar,

o amor não morreu.

O termo usado em excesso,

constata-se.

Todos falam, poucos sentem.

É abusado em anúncios de vendas

e em pobre literatura.

A palavra está mais ventilada

que a ação realizada.

O eu está mais em moda que o nós.

e amor é nós. Ela e Eu,

ou Eu e Ela. Apenas para exemplos.

Não canto aqui o amor fraterno,

pela humanidade, por familiares, etc.

Fico, finco-me, no amor a dois.

Amor é nós, ainda que o Português

pareça estropiado na da frase.

E por que digo o que parece óbvio?

Porque o que vejo é confusão,

misturam o amor com tudo

e até com sexo e paixão.

Sim, amor tem sexo

e não é só sexo, creiam.

E tem paixão e compaixão.

Só que é mais, muito mais.

Absurdamente mais que paixão.

É muito de doação e transcendência.

Respeito ao outro, sempre.

Amor pode doer, machucar muito.

Até desiludir...

Dá horas, ternas horas, raros momentos,

indescritíveis.

A sensação do amor é transcendental

E me perdoem os poetas,

que tanto o cantam e cantaram

em todos os idiomas e de todas as formas.

Ouso que alguns poetas

amam-se em demasia,

para abrigar um verdadeiro amor.

Pensando nisto tudo

e até no atual “ficar”, asseguro,

meus jovens, meus cibernéticos jovens,

o amor existe,

ainda que pouco aconteça,

Há que o garimpar. Vale procurar

e com fundadas esperanças

de encontrá-lo

nos mais estranhos lugares,

nas mais inacreditáveis criaturas.

Procure e sempre o regue

e de todas as formas

Na certeza

de que o amor existe

e que pode estar

a sua espera.

#poesia #concurso #eternizante 


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