Não quero uma sala lotada
De pessoas e conversas vazias
De risadas cruas, mortas, frias
E sentir no tudo a abundância do nada.
Não quero o canto das aves
Desenhando uma paisagem cinza
Não quero o 'vá logo!', o 'demora!', o 'ainda?'
Não quero ir ao céu por meio de naves.
Não quero uma rotina estabelecida
Onde o avesso seja dito certo
E me obrigue a deixar concreto
Um poema que nasceu sem vida.