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O DIÁRIO DE UM ARQUEIRO...

O DIÁRIO DE UM ARQUEIRO...
Ruhã Ferreira Rodrigues
Nov. 11 - 6 min read
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O DIÁRIO DE UM ARQUEIRO

Por tanto tempo, tinha total admiração por esse lugar, onde só os fortes e pessoas corajosas poderiam pisar por aqui. Quando inesperadamente, ouço em minha volta lobos uivando, gritos horripilantes de pessoas e passos de ursos vindo da direção leste da floresta, nessa época entendia muito pouco do que estava realmente acontecendo, achava que os ursos só estavam brincando com minha família, pois na verdade, eles devoraram todos que habitam por lá.

Passaram-se os dias, andava pelo os caminhos estreitos da floresta sem parar, me sentia esgalgado, abandonado, louco por se alimentar corretamente, sobrevivia de plantas frutíferas e consumia água (apenas à noite), para não alertar os lobos e ursos que moravam nos arredores do rio. Na calada da noite, sentia frio e fome, não suportava mais viver aquilo. Decidi então andar a passos curtos, agachado e com um pedaço de galho na mão (só por precaução), mas não foi como imaginei, em seguida fui cercado por ursos pardos, famintos por natureza, com suas garras afiadas prontas para me atacar. Eu sem reação alguma, apenas me alentei e defini pôr em prática uma tática de sobrevivência pouco formidável neste momento. Não demorou muito até algo misterioso atacar de vez os ursos, as flechas atravessavam um por um de uma forma rápida e simples, a seguir de tanto espetáculo, o arqueiro veio para perto, tirou o capuz e logo me ofereceu ajuda sem ao menos hesitar.

Mais tarde, acordou em uma cama quente, coberta de folhas e o aroma daquele ambiente era de incenso de flor de lis (o mesmo que minha adorável mãe usava), e lembro-me muito bem de ouvir um lobo se expressar declaradamente enquanto preparava um chá neste lugar aprazível que estou, até então era uma coisa nova pra mim, ouvir um lobo falar. Depois disso, o lobo foi no quarto, pediu educadamente que eu pudesse sentar na cama para tomar um chá quente, confesso que quando coloquei na boca a minha língua ficou adormecida, minha face secava, e no final do líquido, havia uma pequena quantidade de açúcar mascavo, logo após esse fato, perguntei a ele sobre o chá:

 - Qual era o real ensejo de beber chá quente, amargo e doce no final?  Perguntou ao lobo com uma cara pensativa (...).

O lobo apenas foi abrir a boca para me responder logo após de bocejar e disse o seguinte:

- Meu jovem, venha cá! Disse o lobo.

- Esse chá é o líquido mais poderoso da floresta, todos almejam beberem, feitos com plantas de diferentes espécies analisadas infrequentes no planeta.

- Ofereço apenas para os seres de bons “corações”, você encontra-se nesta lista e pronto para seguir uma linha, sua jornada está prestes a começar. Se me der licença, irei deitar....

- AH! Já estava me esquecendo de comentar sobre, o baú dos teus itens ficam na esquerda, bom trabalho! Disse o lobo

Depois de prestar a atenção nas palavras dele, agradeci e conduzi até o lugar onde o lobo guardou a sua armadura e poder seguir a minha tão esperada jornada.

Com o tempo, fui me adaptando com as energias que o chá proporciona para o meu corpo, não envelhecia de jeito algum, conseguia ter habilidades braçais e me aperfeiçoar ainda mais com as flechas, esse líquido deu capacidades até para falar com animais (apenas as aves, os herbívoros e com alguns carnívoros). O inverno se aproximava de uma forma intensa, nunca visto na região, e algo de ruim estava por vir, porém, estava preparado para qualquer coisa, pois algumas das aves me avisaram desse acontecimento. Na calada da noite, ouço risadas e a cada passo que dava, escutava mais e mais risos intensos, conforme caminhava, algo quente se aproximava nas minhas costas, me sentia arrepiado, minhas orelhas queimavam e minhas pernas adormeciam sem parar. Em seguida, logo fui me distanciando do núcleo da floresta, avisei o esquadrão alfa (os cervos), ficarem em alerta, sinalizei para que o esquadrão f2 (aves) fosse antes para vistoriar.

De repente, surge em volta um grupo de bruxas que farejava aquele local, estavam à procura de algo valioso, pelo jeito que elas andavam dava para perceber que não era boa coisa, decidi tomar algumas providências e mirar em uma delas, o alvo estava tanto rabiscado, quase não dava para enxergar. Embora o meu alvo fosse complicado de ver, foi perspicaz ao ponto de danificar não só uma, mas o grupo inteiro de uma só vez, sem deixar indícios, em apenas uma flecha. Enquanto isso escutava gritos abafados vindo direto da chácara do lobo, esse grito me remetia ao passado, chegando lá, era o lobo pedindo ajuda para tirar a líder das bruxas de cima dele, enquanto outras bruxas faziam círculos em volta da casa, todas elas queriam que o lobo desse o chá da imortalidade para elas, porém o lobo não tinha mais forças para vencê-las, e eu não tinha muito que fazer (já estava totalmente imobilizado com a magia delas), resolvi chamar a força dos ursos que logo já resolveram o problema, me libertaram da magia das bruxas e em seguida, mirei com o pulso firme e dei direto nos pescoço, sem chances de revidar. Mas não pude salvá-lo de jeito algum, e as únicas últimas palavras que escutei dele foram:

- Meu jovem! A sua jornada está recém começando, você completou a primeira etapa de proteger a floresta, tem muito que aprender, agora é sua vez de guiar os animais e proteger o objeto mais valioso das mãos das bruxas ou qualquer outra ameaça.

- AH! Só mais uma coisa, você sabe muito bem do que estou dizendo (...), vejo que está na hora de partir, e não se esqueça de sempre te seguirei aonde for.

Continue......... 


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