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O DANÇARINO NEGRO PROMETIDO

O DANÇARINO NEGRO PROMETIDO
PETRONILHA ALICE ALMEIDA  MEIRELLES
Jul. 14 - 2 min read
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Amei você dançarino, fiquei deslumbrada, pela primeira vez que dancei. Achei até que tinha entrado em um conto de fadas, você dançarino, era o meu príncipe encantado, pura ilusão de mulher poetisa romântica.

 Eu chegava até a ser sem graça. Mas, a dança me mudou totalmente o meu destino. A vida é uma constante experiência enquanto estivermos vivos, existe um processo de deslocamentos intermináveis, e cada ser humano passa por estágios, condições e atitudes e eu passava por isso.

Eu aprendi a sorrir! A vida brilhava mais, o avesso virou revesso, eu já não era só avesso, recuperava a capacidade do meu espaço, da minha liberdade até então reprimida. Aprendi a amar você, dançarino prometido.

Homem negro, alto, sorriso encantador! Nosso primeiro olhar foi pura conexão, no bolero, rainha das danças que seduz.

Você falou pra mim que o importante era ser feliz, negar o momento seria empobrecer o crescimento, as possibilidades de explorar os seus limites apreendidos através da passagem na Terra.

É um momento em que a visão é aprimorada, e o medo precisa ser vencido para que possa vislumbrar um novo horizonte, caso o medo permaneça não se vislumbra um novo horizonte, um novo amanhecer.

Por muitas vezes o destino começa a intensificar o processo da vida sem que os protagonistas percebam, e o processo vai se tornando contagiante.

Você foi meu príncipe negro prometido, gostava de perder-se seu corpo negro, dando uns olhares intensos, tu também me olhavas.

Certa vez havia um nevoeiro na serra quando voltávamos do baile, coisa encantadora, lindo de se ver, nós ficamos encantados com a beleza da natureza, conversamos, trocamos olhares. O clima ia cada vez ia tornando-se mais romântico, a natureza oferecia suas dádivas. Eu pensava em te beijar, abraçar romanticamente..

Tudo aquilo já eram as relações simbólicas da vida, aquelas que vão identificando no ser humano uma trajetória para novas descobertas, novas sensações. E tudo ia compondo um pano de fundo sem participação de coadjuvantes. 

Tudo era puros desejos, até o dia que nos amamos loucamente entre pétalas de rosas, luz de velas, incenso, música... Ele falou: ”Estava escrito nas estrelas”!


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