Explorando em meus devaneios, encontrei-a no canto mais nebuloso de minha imaginação. Reprimia uma expressão chorosa. Deslembrada em minhas reminiscências.
Era de extremo esplendor. Tão majestosa quanto o brilho de uma estrela na solitária imensidão do Universo. Continha um olhar vazio, sempre fitando o horizonte sem fim.
A investigava com receio, mesmo que não intuísse meu
comparecimento. Sua pureza exalava uma paz inimaginável, sua quietude causou-me
estranheza, acompanhado de um arrepio na espinha. Era realmente formosa, incomparável a qualquer outra criatura.
Cantarolava cantigas já notórias, que me trazia
emoções nostálgicas. Sua voz continha um tom dócil, quase inaudível. Vê-la me trazia
calmaria, alegria, jovialidade. Com seu olhar direcionado a mim, não pude me redimir.
Como pudera eu, esquecer-te assim, inocência de minha mocidade?
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