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Novembro

Novembro
Bruno Manço
nov. 2 - 1 min de leitura
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O início de novembro é marcado por toalhas sendo jogadas na lama.
Aquelas que deveriam enxugar lágrimas para  que a árdua jornada continuasse foi simplesmente esquecida.
O ano acabou. O corpo só cumprirá sua intrigante função social de trabalho, esperando o limbo das maravilhosas festas do final de dezembro.
Onde está a minha alma?

Sons de euforia são ouvidos por todos os lados, mas por um momento, sinto que o vazio do silêncio é o que permeia a todos.

E penso: o próximo ano está chegando.

Um mês sabático não resolverá minha eterna busca fracassada por significado e plenitude. Isso nunca acontece, mas eu continuo me iludindo.
Todos nós sabemos que anos, meses e horas são apenas marcadores de tempo feitos por nós mesmos.
-O tempo deveria ser apenas um conceito físico.
Se todos os relógios do mundo fossem abolidos e todos os calendários queimados, eu ainda deixaria os meses tomarem conta da minha vida?

Não posso continuar me enganando.O ano ainda não acabou.
Se não vou conseguir cumprir as metas ou se tudo aconteceu de maneira diferente do que planejei, pouco importa.
O que permanece em mim ainda é aquela eterna e dolorosa pergunta:
-O que você vai fazer?
Ou posso esperar dezembro e ouvir uma ainda mais dolorosa:
-Então é Natal. E o que você fez?

O que você fez?


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