No obscuro da minha sombra, tantas vezes, antes de ter medo, de sentir-me ou de desanuviar-me do tétrico: sou menos carne e passo a ser apenas mais um sopro perdido ao sabor dos ventos. Nutro-me, então, de sonhos e desalentos... Finjo que sou e que há outros de mim. Agarro a mão da solidão e esta me amordaça ao sono das pedras. E, assim, a quimera me traga e me cobre em sua sombra. O abismo, por fim, me liberta.
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No obscuro da minha sombra
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