Meu corpo, nesse mundo, é luz

Oi, é difícil falar sobre isso... Mas eu preciso! Eu não consigo criar, eu tenho apatia. Eu sinto medo, eu olho para um lado e olho para o outro, mas não enxergo, não tenho visão, não percebo em mim qualquer tipo de emoção. Vazio. Uma tela em branco e às vezes preta mas nada além, nada além disso... Eu não escrevo, Eu não canto. Eu não toco. Eu não pinto. Eu não vejo. Eu, eu nem sei quem sou... E às vezes eu me perco, e tantas outras me encontro em infinitos caminhos e eu trilho por cada um, e  a cada passo percebo que lá no fim, no finalzinho tem uma porta e essa porta é um sinal sinal, de esperança e procuro por ela: pela criatividade. O ato da criação, a vontade de sentir afeto, a vontade de te ter por perto. Não uma pessoa, mas sim algo. Mais profundo, mais interno, um encontro comigo mesma e com os meus fragmentos. Assim com as minhas dúvidas e os meus receios. Comigo! O eu de verdade poucos sabem. Quem sou eu de verdade a maioria não sabe... Até eu estou em processo de descoberta e assim sou como posso.... Faço o que posso! Vivo como posso! Vou dando meu melhor e o meu melhor é suficiente para mim. Não preciso agradar o outro. Do que valem as expectativas? Nada nunca é suficiente... Nada nunca é o bastante para o outro. Dessa forma, deve ser importante para mim. Deve ser suficiente para mim. Pois, eu vivo a minha vida e não a vida do outro. Logo, almejo... Espero... Desejo fortemente, e no silêncio tácito, o retorno da minha criatividade. Das cores, das palavras, dos gestos, dos movimentos, dá estabilidade da minha mente. Ah e como eu a amo... Amo a maneira como penso, como construo e crio. Contudo, todo corpo precisa de descanso, assim como a minha mente turva clama por criatividade e assim desenvolvo o meu mais profundo desabafo.