É uma ferida.
Rasgada, Sangrando,
deleitando-se na minha dor.
Vermelha como fogo.
Pingando.
Não podia mais senti-la
prendendo minha luz em seu peito.
Mas aqui estou.
Ela escancarou-se
em minhas rasas mãos e
me apunhalou
de dentro para fora.
Exala morte e medo,
tirando o resto de vida
que sequer habitou em mim.
Nada é mais o mesmo.
O vento dissolveu-me
em suas lufadas.
As cores misturaram-se.
Meu coração exalou vida e
cantou para os pássaros que
um dia habitaram em mim.
Suas mãos profundas e palmas largas
me reconheceram;
me percorreram a alma;
me trouxeram um lampejo de vida.
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