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Marinalva

Marinalva
Felipe Bilú Pagliari
Jun. 26 - 1 min read
040

 

Marinalva misturava tristezas com rivotril
A perda de sua mãe
lidava com crack e conhaque
Almejava
Editar o livro para o prêmio de literatura
Mais rápido que carteiro para achar número de casa
Pra percorrer cem metros correndo dos vira latas- imagens poéticas
Cães ladram pelo subemprego
Quando tinha emprego
Marinalva perdeu
Por inúmeras vezes
Ir na biqueira com o uninho da net
Ela
Sempre soltava o dialeto do amor
"Meu coração está em greve geral"
Marinalva ás sextas- feiras separava os esmaltes prediletos seus brincos de argola com as cores da bandeira da jamaica
Disparava alguns haikais em guardanapos de papel nos botecos suja copos
Arrumava confusões com seguranças nos bailes,
Por duas vezes foi detida pelos botas
Agrediu policiais
era conhecida como
A quebra vasilhames.
Fez por 8 anos jiu-jitsu
Toda sexta botava seu vestido florido
Amava escutar Jorge Ben
Dizia pra mim que ficava molhada com algumas músicas
E trepava ouvindo Boogie Naipe do Mano Brown
Era seu culto ao sexo.
Marinalva gastava vinte por cento do seu salário jogando no galo- jogo do bicho
& mais vinte por cento de eitgh
Arquibancadas pelos 80 reais
E nas jukeboxs atemporais no cais
Do submundo
Subterrâneos
Escombros
Membros
Poéticos
Portando
Ecos
Gerações
Agonias
Semblantes
Marinalva vida
Vida e literatura
Marinalva
bêbada
Líquida
Desempregada
Forte
Poetisa.

#Poesia #Concurso #Eternizarte


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