MALDITO CÁRCERE
Agora ele definha por entre as grades
Sua família a prantear suas verdades
O tempo aos poucos esvai seus sonhos
Fixa seu olhar num futuro sem planos
Amaldiçoa o erro que cometeu um dia
Preso tal qual a um passáro, ele vivia...
Reflexões e lamentos a todo instante
Suspiros... Pensamentos vão distantes...
Tenta beber de uma fonte de sabedoria
Quer tornar seu isolamento em alegria
Mas o ar gelado congela seu discernimento
Resta-lhe a dor, alcança-lhe o sofrimento...
Maldito cárcere, um isolamento sem volta...
Sente falta de sua outra vida, ora suprimida...
De um simples abraço, de dar um sorriso...
Entretanto hoje sumiu, parece ter morrido.
Márcio Paz Martins