Minha rotina agora é essa
Me afogando na bebida
Eu reclamo da minha vida
Por causa da maldita pressa.
Assim como o ateu
Finge que não crê em Deus
Eu vou fingir que nada aconteceu.
Tentando continuar.
Tentando continuar
Achando que tô me enganando
Com álcool me alegrando
Para tristeza não dominar.
Por trás dessa ébria felicidade
Não tem uma única verdade
Necessito respirar.
Procurando o ar
Tremendo sem entender
O coração acelerar
E a lágrima a correr.
As vezes é sem perceber
Quando vejo já estou nessa
Que ansiedade é essa
Que acha que vai me vencer.
Pessoas ansiosas demais
Que o futuro tanto temem
E a dor do passado ainda sentem
Deixam o presente para trás.
Vamos mais devagar
Tentando somente viver
Aproveitando para valer
O deitar e o levantar.