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Lubricidades

Lubricidades
Eloy de Oliveira
Feb. 9 - 1 min read
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Era noite alta,

a escuridão se espalhara,

todos dormiam juntos.

Seu coração se agitara de início,

mas que havia de mal,

se eram primos?

 

Quando sentiu o perfume

que ela trazia nas mãos,

não imaginou que as usasse

aflito

para tapar-lhe a voz,

talvez o grito.

 

E ela o fez enquanto tocava

o seu sexo.

Era um misto de medo

e de prazer,

muito complexo para entender.

 

Quando sentiu que correspondia,

ela encostou-se nele,

abaixou as calças,

soltou as alças do sutiã,

trocou as mãos pela boca

em beijos de engolir

e uma febre terçã os consumiu.

 

Depois do cheiro,

do gosto,

agora ele sentia a pele,

as mucosas.

Era tanto prazer

que explodia.

As coisas mais gostosas

giravam na sua cabeça.

Pensou que sonhava

e acordou.

 

Estrepitosas goteiras

da chuva forte

caiam do telhado.

Havia um sonho roubado.

 

Era de manhã.

o quente gostoso da cama de rico

eram os pensamentos de diabo.

Uma chama, um fogaréu.

 

A prima se fora,

ficara o vício visguento

de todas as noites ao léu

lembrar daquela noite

que fora tão rápida

como um sonho.

 

 

linktr.ee/escritoreloy


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