Controlando a respiração devagar pra não te atrapalhar.
Pra não te mexer,
não incomodar.
Para seu corpo não mexer,
nem chacoalhar
no absurdo
batimento
cardíaco.
Seus ouvidos,
pregados em meu peito.
Escutando meu ar sendo recuperado
aos poucos.
Enquanto as cenas ainda eram exibidas em um grande telão branco,
me despedia sem saber que precisaria.
Os dois bancos viraram um só,
e nós dois ficamos até
os créditos finais
subirem de forma poética,
como o nascer da bola pegando fogo no horizonte linear,
junto com as fotos queimando meu peito tão jovem e puro.
- @hudsonhenrique
- Da obra: Madrugada adentro...