Não quero viver de incerteza
Por mais que assim tudo esteja
Não quero saber apenas da morte
Não quero depender apenas da sorte
Quero viver além do trivial,
Me libertar do que limita meu potencial,
E entender que não há mais de sofrer,
Para viver o que sempre desejei
Sou a mesma carne de antes,
Com o mesmo coração que tange
O Sangue e sentimentos pelas fibras que rangem
E amolecem na pancada e sangram liberdade
Vivi sonhos que não me pertenciam
Tive palavras censuradas que ficaram na garganta
Fermentando, cortando, inflamando com violência
Mas a vida só começa quando se vive os medos
Deixarei de existir e começarei a ser humana!
Me perco, me confronto,
me encontro, me encanto!
A liberdade tem raça,
gênero e classe social,
Mas cansei de aceitar esse discurso superficial
Sem mais ironias,
e se alimentar de mentiras
Elas me deixam cada vez mais vazia
A ignorância me ensinou pela dor
Que levar a vida de forma alheia
É se entregar como se não tivesse valor
Eu quebrarei as correntes da indignação
Serei a chuva que quebra
o solo seco do sertão
Me chamarei de impossível
A mais improvável combinação
Eu serei o leite de limão!
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