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Inóvula

Inóvula
Alex Santidarko
ago. 28 - 9 min de leitura
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Diariamente,continha seu "transtorno".Quando mais almejava o seu controle em um momento específico;atraía um devorador.

 

 


Sua maquiagem,começou a se liquefazer devido ás suas salgadas lágrimas.Pobre Ada.
Parecia uma embriagada ao Sol.Suada,desorientada e com os olhos ao chão,á espera de uma pequena penumbra acolhedora.

Toda ficção provável de nosso bel-prazer,"nosso culto".,

..,nossa adoração ao imaginário que nos detêm em esperançosos movimentos do constante viver;requerido,

...não devereis ser rechaçado ou de cunho vexatório.

Bem..,abardes regras sociais e/ou leis vigentes.


Regrado essa cláusula mensurada,subentendida....;explícita em civilizações em comuns acordos evolutivos e/ou progressistas ao erros passados;...
prosseguimos adiante.
Sem ambiguidades ou obscurantismos.


Pois bem...!


Segundo Ada,naquele dia,ela havia perdido o Amor de sua vida.Três dias antes...,o emprego do qual batalhara e se dedicara com toda sua exuberância
física e mental.
Ambos,não houvera a chance de recuperação ou a explicação detalhada do Destino.
Se ela..., havia errado em algum ponto-chave das "escrituras Divina".

.."Se o Universo paralelo,teve que corrigir algo em uma de suas dimensões".
Ou..., se algum viajante do Tempo,criou uma trajetória alternativa que afetou sua existência.Provocando mesmo que por acidente,seu infortúnio.
Não houve nenhum detalhamento sobre o ocorrido.


NADA!

NENHUMA EXPLICAÇÃO, PARA COM SUA CONDIÇÃO DE MÁ SORTE

 

Ada,teria que se"dar vida"novamente.De um jeito ou de outro.Mesmo que ficasse á deriva de uma "realidade desfocada"ás demais pessoas.
Como se...,fosse uma Frankenstein!
O galvanismo,lhe deu movimentos...,entendimento e atos comuns aos seres vivos;porém...,agora,era diferente .

...,Alguém, me disse uma vez..:-Dias ensolarados,são cansativos e caóticos.Dias de chuva,são poéticos e nos dão uma solidão necessária.Revigorante para com nós mesmos.

 

Ser igual as grandes massas,seguir o fluxo,não é de todo o Mal,é de comum destino e de igualdade a determinadas questões.
Á sociedade.
Já refletimos isso agora a pouco.

Ser um "obscura",enxergar agora uma beleza incomum,ofertada a poucos...,como:dias chuvosos...,predileção á noite...,predileções aos escuros tons de tecido,rir contido,não cativar famílias descritas como perfeitas,exemplificadas por retrógrados em comerciais ultrapassados...;não foi o Fim pra ela.


Na realidade,houvera um segundo nascer.Claro, que eu concordo com um ponto de vista levantado por ela.
Que:-talvez... já habitasse esse incógnito lado dentro de Si. Estava apenas, adormecido.

A vejo agora,como um filme dos anos cinquenta.Preto e Branco.Mas como uma fotografia de uma mestranda ainda em"lapidação"...;que ainda chegará ao seu ponto máximo em perfeição.Cult aos mais atentos

,.. ou instruídos em cultura.
POUCOS.EM SUMA.


Adiramos,Á distinta sonoplastia .;Sons diretos á "captadores".Aos Observadores.


-Mas e agora?...estaríamos em devaneios sobre os tons de cores ou sonoros?

Ambos.


Sobre seu novo "vibrar vocal",em dizer ao Mundo ,seus pensamentos e ,nos "tons sóbrios".



Lembrei-me,... sobre uma observação feita por ela algum tempo atrás.
Todos nós, imaginamos coisas.

-Fato!


Á noite,tudo nos parece possível.Monstros,conspirações estratosféricas,...ou até algum conto meio absurdo em nossa cidade...;EM nossa rua.

Tudo nos parece real.

Ao nascer do Sol,por regras espirituais ou algum acordo com o Universo,não sei bem Ao quê...,tudo parece voltar ao seu normal.
-Ao de fato;...Real.


Agora,á luz do dia,tudo parece estranho para ela.Como se todos,fossem uma caricatura,...um pouco borrada.
Á noite,a calmaria para poder trabalhar e viver.
Mesmo que alguns compromissos,sejam impossíveis de se realizar á noite.
Mas ela,soube tornar isso possível.

 

-ESPERE UM POUCO


-Quer dizer, que ela...,nunca mais estará em uma saia-justa?Ou,não comeria um cachorro-quente em um "carrinho"da esquina?
-Ela agora é "muito boa",pra essas coisas?

NÃO.CLARO QUE NÃO!!.

Ela,na verdade...,está bem mais branda e disposta, dada a simplismos do quotidiano.

 

-Apenas quis saber.

-DESCULPE

 


Em uma noite,indo para o seu trabalho,Enfermeira agora em um outro Hospital...,
no momento que descera do ônibus,ao cruzar a rua,se depara com um homem
de cartola e sobretudo.
Bem...,não havia nada de estranho nesses trajes!!Havia uma funerária na mesma rua,descendo mais um pouco a rua,também havia,"um estabelecimento chique"para homens que estava á procura de "moças carinhosas".
Poderia ser um porteiro vestido a caráter.Vai saber...!

Calmamente,o homem se posiciona em sua frente e,pergunta a ela,se ela tem "Fogo".
-EU NÃO FUMO MAIS;disse ela.
O homem,ainda com uma calmaria demonstrada em seu semblante,movimenta sua cabeça em sinal de entendimento,olha alguns segundo ao chão e depois
para os dois lados da rua.
Como se observasse...,se haveria a presenças de outrem.

Apesar de ser uma rua de uma cidade de médio porte,a...(-com licença!)

-O que seria uma cidade de médio porte para você?

Bem....cerca de trezentas ou quatrocentas mil pessoas.

-Hum...apenas para eu me situar!
-Desculpe novamente e, continue.

 


Apesar de ser uma rua de uma cidade de médio porte,a rua estava vazia.
Deserta,seria a definição correta.
As emergências do Hospital,eram feitas na parte de trás,...a funerária estava "aberta",em plantão,mas alguém deveria estar dormindo;devido a falta
de"clientes" e a meia-luz que demonstrava o local.
Na casa com "moças solícitas"...,TODOS, paravam em um estacionamento ao lado e,pelo estacionamento mesmo,se fazia a passagem para"a casa";
...através de um portão dedicado á "brevidade" .


Nada de ficar exposto na rua ou ficar"de cara limpa",indicando os gastos a mais da renda do mês ,aos "curiosos"que poderiam passar no momento de sua"visita " ou de sua consumação planejada.

Isso, poderia ser sua passagem,"dada" por sua esposa, pelo hospital e ,quem sabe,logo depois,pela funerária de nome"Nós o aguardávamos".
Tudo por causa de uma vizinha fofoqueira ou daquele"colega"invejoso e dado a falatórios em churrascos comumente frequentado pelo time de futebol ou dos amigos"compartilhados".


Nada disso!


"A Patroa",daria fim em sua carreira,...em despojar a vida de regalias.Abdicado por você diante dela e das "sociáveis testemunhas".

Ter,"Esperteza  nos crimes cometidos por você"..Onde a vítima,será somente sua honra e sua dedicada imagem.

 

Ada,deseja ao homem,uma boa noite.
Abre um sorriso tímido e se dirige ao outro lado da rua.
O homem,como um experiente enxadrista,se posiciona á frente de Ada novamente.
-Fiz alguma coisa errada ou eu a assusto?;pergunta o homem com um semblante calmo.
-Tenho que ir trabalhar;responde Ada agora com uma indagação oculta em seus músculos faciais


Trismo...,seria a alusão correta.


Uma idiossincrasia que qualquer pessoa adquire em momentos como esse.Há pessoas...,que são afrontosas ao extremo,de partirem para o"contato físico",
..predispostas á violência imediata quando são acuadas ou"interferidas de maneira rude desse modo.
Aba,nem ao menos,pretendia ser descortês.
Pelo menos....ainda.

O homem,ainda demonstra estar preocupado se há movimento na rua.
Nada incriminador ou descarado o suficiente para levantar suspeitas preocupantes,mas aquele comportamento...,que ascende um alerta em Seres Humanos atentos a maldades desse Mundo.
Talvez,o homem fosse tímido.Quantas pessoas , falam olhando para o chão ou para os lados quando estão conversando ou se esforçando para algo
em suas vidas?
AFINAL,"De perto",ninguém é normal!.

-ISSO É VERDADE!.

 

ENTÃO....o homem,desta vez,tem uma abordagem mais ríspida.Pega no braço de Ada e diz:-VOCÊ É UMA LOIRA BONITA!QUANTOS ANOS TÊM?
-TEM CERTEZA QUE NÃO TRABALHA ALÍ NA CASA DAS GAROTAS BONITAS TAMBÉM?!
Ada ,tem o reflexo de se desvencilhar do pegar desse homem;nem um pouco cavalheiro ou "confiável".
Como de tomasse sua mão de volta;como se estivesse em uma "algema de dedos Humanos".
-Pensando bem,você não poderia ser de lá,enxerguei seu crachá por debaixo da blusa;completou o homem.
-Realmente,você trabalha no Hospital;completou ele.

O Homem agora em um estado eufórico,retira uma faca de seu bolso e encosta na barriga de Aba,na localidade de seu rim direito; para ser preciso.
Ele a manda ficar calada e que o siga.
Se ele se irritasse com algo que ela dissesse ou tentasse,iria "abri-la".
Assim,com esse termo mesmo, que ele se referira.
Ele a puxa,segue o caminho oposto que Ada viera.Estavam subindo a rua agora.Mais escura, ainda mais possivelmente ,deserta.
Ada,parecia ter Síndrome consumptiva.Era uma moça"leve".. Fácil de se puxar ou carregar.

 

Ao chegar em um terreno baldio logo á frente, uma entrada aparentemente que era de uma garagem antes de demolirem a casa;eles entram.O mato praticamente tomou conta do local.Há lixo e entulhos.
Ada pronuncia:-se

:- eu fizer sexo oral,o senhor me deixa ir embora depois?
O Homem concorda.


Ao se abaixar,Ada diz:-OBRIGADA,PELA OPORTUNIDADE!.


O homem, com um sorriso em seu rosto,esse riso,iluminado pelo poste de luz que irradiava sua luminescência por um buraco nesse muro alto,responde;

-De nada!.
-Você gosta de ser forçada,NÃO É?


Ada,de joelhos naquele chão fétido,olha para o homem e diz:-

NÃO.!!

PELA OPORTUNIDADE DE SACIAR MEU VÍCIO

.MATAR


Ela puxou tão rápido um bisturi de seu punho,como se ele estivesse guardado em uma espécie de carcás,...um coldre para objetos cortantes.

O homem,nem teve o ensejo de desferir contra aquilo que o matou através de um imenso corte em sua garganta.

Ada se levante e sorri.



Em ruas de tijolos Amarelos
Ao som da noite
e do Céu Perfeito

acinzentado

A brisa gélida
Revigora a Alma


aguardando agora
o sopro do Futuro
do compromisso firmado
o tardar do póstumo


O suar do corpo
mostra disposição ao Presente
Ao encanto de um novo lugar a ser descoberto


Em noites como esta
nada parece Obscuro ou irrisório
nada é ínfimo
Tudo é Eterno

Que a polução
de enfermidades e do cansar do corpo
seja postergada

 


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