Toda boca (falante ou não),
deve lhe servir pra algo.
Como água, pura e cristalina.
Como as rosas que cultivou em teu jardim de manhã.Sob a névoa, que junto a ela,
caia vagarosamente nítida,
um fio fino de poesia.
Que outros já chamariam de garoa,
sereno ou chuva.E nas suas costas pararam grande parte da umidade,
evitando a última gota cair ao chão de terra.Toda boca que alimentava gaivotas,
torneando a costa dos mirantes e a praia.
Pipocas, confeitos, e uma risada altamente poderosa.
Podendo ter força pra mover inhames da terra,
fazendo secar todo o mar por conta de sua sede.Nunca pisei muito na areia,
nunca vi o sol nascer do horizonte horizontal,
horizontalmente com meu rosto na vertical.
- Hudson Henrique.
Da obra: Madrugada adentro...
Me encontre em: @hudsonhenrique