Ela chegou de mansinho e logo pela porta adentrou, sem se importar com os olhares desconfiados e assustados. Seu sorriso desautorizava o terror imposto pela devastação que a Terra sofrera. Estendeu a mão e, uma a uma, as pessoas deixaram o confinamento. Envolveu a todos em seus braços e logo a dor e medo foram esquecidos. Namorados se encontraram, famílias se abraçaram e salas de aula se encheram sob o comando de sua voz. As ruas abriram as portas celebrando o dar e o receber. Hinos foram entoados nas capelas e os rostos fatigados dos que lutaram na linha de frente, serenaram. Inimigos se calaram diante da luz em sua face. As Nações se ergueram e se uniram. Já não havia culpados. A vida foi celebrada na reinvenção da sobrevivência e na ajuda mútua. A Esperança trilhou o caminho.
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Esperança
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