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Escrevivendo.

Escrevivendo.
Everaldo Ferreira.
Jul. 11 - 2 min read
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E quando a poesia olha pra você e vê no seu profundo tristezas e mágoas e sonhos incompletos. É como estar em um mar de lama e uma mão amiga te puxar para fora é hora de escreviver. No muro da cidade ela estava lá desenhada olhando pra mim todos os dias, como se dissesse coitado, esta tentando fugir de mim. Sem palavras, só as suas cores, e seu olhar e ao dormir pensava, não sou eu que escrevo poesia, mas é ela que vem sobre mim. Então hoje acordei disposto vou lá nesse muro, e vou encarar a poesia, quem sabe algo aconteça, papel e caneta na mão, hoje não vou fugir, chegando lá ouço um barulho. Tratores, trabalhadores, o que esta acontecendo? Moço afaste-se uma construção será realizada aqui, mas e a moça que estava desenhada no muro, eu chamava ela de poesia, sinto muito moço o muro acaba de ser derrubado. Então peguei um pedacinho do muro voltando pra casa entendi, a poesia tenta nós avisar, mas estamos sempre fugindo, fazendo outras coisas, e talvez quando a queremos ela já foi embora. Olhei para aquela imagem no muro e agora era apenas destroços blocos, poeira, caos, apenas seu olhar estava comigo, e eu não precisava de mais nada. Chegando em casa coloquei aquele pedacinho de muro no meu quarto e agora todos os dias a poesia olha pra mim, e as vezes ela sorri dizendo eu sabia que você não ia escapar de mim.


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