eu era um tom de escarlate imerso em volúpia,
ardendo tal qual fogo, tal qual vulcão, tal qual sangue e tripas! eu a era nobreza, brilhando tal qual brilha a prata acinzentada de cinquenta centavos sob a beleza do sol.
e, por fim, eu era a hipnóse: meu âmago ansiava ver a luz, contudo, o sorrir dos meus lábios iluminava ruas, cidades, planetas...
e eu sequer sabia.
a luz era eu,
no voluptuoso tom de escarlate
e todos os defeitos meus.
a luz era cada pedacinho meu,
e eu sequer sabia!
quando eu descobri,
no entanto,
já era tarde demais para parar de
reluzir.
e não parei.
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